sexta-feira, 7 de maio de 2010

quinta-feira, 6 de maio de 2010

quarta-feira, 5 de maio de 2010

LET'S PLAY THAT
Torquato Neto (musicado por Jards Macalé)
Quando eu nasci
um anjo louco muito louco
veio ler a minha mão
não era um anjo barroco
era um anjo muito louco, torto
com asas de avião

Eis que esse anjo me disse
apertando minha mão
com um sorriso entre dentes
vai bicho desafinar
o coro dos contentes
vai bicho desafinar
o coro dos contentes


segunda-feira, 26 de abril de 2010

Ao longo da última estadia em Lisboa tenho vindo a elaborar uma teoria sobre os povos que vivem voltados para o mar, com vista sobre o infinito, sobre a imaginária linha do horizonte.
Os sintomas sinto-os directamente, diagnostico-me, e procuro arranjar pontos de fuga, que me levem de novo para o mundo, para uma vida a sério.
Ao contrário dos povos do interior, mais conformados pelos limites da paisagem, os habitantes da costa vivem são mais vulneráveis aos males infinitos da paisagem, os sintomas são a ansiedade, angústia e instabilidade, acentuada pela linha do horizonte, a imaginária linha do horizonte e que poderá existir para lá dela.
Lisboa e as suas sete colinas onde se empoleiram os miradouros que nos permitem horas de contemplação do mar e da poética do infinito exaltam os sintomas da instabilidade.
Os povos da costa vivem uma espécie de alucinação geográfica, em Portugal por exemplo, em tempos idos, a alucinação e fome de mundo originou um estrutura de descobertas que nos levou ao redor do mundo originando ainda uma obra poética, erudita e utópica que faz parte da história do país e do mundo.
Viajar é a única coisa que sei fazer bem.